Um sorriso solto, daqueles inocentes, que a gente quando percebe já está sorrindo e a vontade é de não parar, aqueles que aliviam o peso de todo um dia, um segundo breve de relaxamento que se permite sem planejar, um sorriso bobo, por alguma ingenuidade e até alguma idiotice que sem gatilho a memória traz, um sorriso silencioso, que a afeição do rosto por inteiro se contrai,
...de repuxar os lábios, arquear os olhos e enrugar as bochechas, um sorriso sincero, despretensioso, com o peso do dia, tem tanto... tanto poder. Tem alivio, tem descanso e até, sem saber, tem esperança, um otimismo presente, sem alarde, sem precisar ser explicado.
As vezes a alma pede e a vida trás, como uma amostra, pequena, passageira, mas necessária de calmaria, porque as vezes a mente aquece e o corpo não consegue entender e responder e chega à beira de se exaurir, as vezes a gente finge que tudo vai bem, sem saber quando enfim o bem vai chegar e nessas vezes faz catarse, seja no corpo ou na mente, mas grita a necessidade de balancear.
É tudo tão de pressa e tudo tão sem tempo, é tudo tão tormento que a gente nem sabe como faz pra suportar..., mas a gente suporta, vai mesmo sem saber como, mas sabendo que mesmo sem ter como, tudo deve passar.
A gente deseja descanso, mas a vida oferta renovo, porque, mesmo não sendo perene, há coisas que vão ficar. A gente deseja com pressa e a vida oferta espera, porque há coisas que, mesmo boas, precisam demorar, a gente não sabe qual rumo, a vida entrega caminhos múltiplos e não ajuda a escolher... a gente ainda está aprendendo, tem o tempo da vida, que sinceramente... não parece suficiente pra aprender...
Mas nesses sorrisos breves, de alívios e motivos leves, cabem toda a reflexão de uma vida e cabe muita vontade de viver.
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Sem contemplação, o interessante é a participa-ação, Comente bem