Hoje não quero expor meus resultados financeiros, a rotina do trabalho, dos exercícios, as novas compras, as últimas festas, a superfície, o pífio, a parte ególatra e ébria, de caráter frágil e insubsistente, de vaidade torpe e efêmera, vanitas! Mas com fome de vida, gostaria de me ocupar e de expor o que está afã, do que é profuso, perene, indelével, ter o elucubrar da existência, do equilíbrio, do que ausenta a angustia, do que supera as ilusões, do que trata sem excessos, que não é extremo, não é medíocre, que tem raiz, que é intrinsecamente humano e substancial! Mas “o que faço não o aprovo; pois o que quero não faço, e o que aborreço faço”. O que me ocupa o tempo e objeta o espírito é vanitas!
Os medos suplantaram os sonhos, a pressa pausou a vida, a ordem é um padrão inconsistente, pequeno, sedutor, mirrado, o caos antagoniza a morbidez dos dias e viver se torna cada vez mais um esvaziar de alma e brilho. Mirar na luz da esperança, o apego fim das forças que restam é o caminhar martírio em um mundo vago, pobre, raso.
Gostaria de expor algo poético, forte, significativo, mas por me encher de vazio, o que há para oferecer é um murmúrio seco, decadente, mas no penar, desejoso de que este incomodo cause movimento, de que a centrífuga de agitação interior seja erupção na mente e faça a força dos verbos encontrar espaço ao sol. É o plexo da alma que pulsa, o que não pode ser chamado de carência, mas necessidade vital, de se realizar, de suprir a fome de vida.
Um dia tudo será exposto e será a queda da trivialidade, como âmbar que assegura o guardado, o relicário será aberto, o que emergirá será a melhor parte e será total, quando a vida for saciada.
A vida efêmera ou a Vida Eterna!
A vida efêmera ou a Vida Eterna!
Quando vivemos o Amor intensamente não há destinação de vida passageiro ou Eterna. Assim não há morte para nada. Só se pode morrer de Amor.
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