Parte de mim se esconde
Outra parte grita
Parte de mim fica
Outra parte foge
Parte de mim mata
A outra morre
Parte de mim quer
A outra rouba
Parte de mim ama
A outra engana
Nas partes de mim me perco
No total não sei
Porque parte de mim vence
A outra sucumbe
Parte de mim quer que o mundo a conheça
A outra se esconde por baixo do ego
Parte de mim bebe
A outra exala
Parte de mim vive
A outra sobrevive
Parte de mim chama
A outra canta
As duas partes se encontram
As duas são uma
E uma são duas
Porque parte de mim sabe
A outra ignora
Parte de mim quer
Outra não sabe
Parte de mim mente
A outra entende
Parte de mim dúvida
A outra acredita
Porque a parte em mim não cética
Milagrifica a parte atéia
Uma parte em mim é profusa
A outra confusa
De forma que nenhuma parte dorme
Não há sono neste enredo
Porque as partes são uma
E uma são duas
Parte de mim é epifania
A outra é percepção
Parte de mim é disritmia
A outra é bela canção
Parte de mim é desejo
A outra é depressão
Parte de mim é sorriso
A outra é obscura ilusão
Parte de mim é fome
A outra é saciada de tesão.
As duas partes são vazias
As duas partes sentem medo
As duas partes são nobres
As duas partes têm segredos
As duas partes são ricas
As duas partes são pobres
As duas partes são ambíguas
As duas são duais
As duas partes divididas
São duas partes são iguais.
Comentários
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Sem contemplação, o interessante é a participa-ação, Comente bem