A estrada quando aparenta fim
Muda o rumo
Que ninguém mais pode ver
Ai alguém diz que é livro.
Nessa
instancia somos preenchimento da História, composição de milênios, talvez tão
pequenos e efêmeros ao planeta, nossos sentimentos menosprezados aos se
compararem com a dimensão do universo, entretanto é uma grandeza que, a
maioria, escolheu ignorar, o nosso redor, isso nos importa, e como em um GPS,
ou Google maps, saímos da dimensão do Todo e nos achamos em foco nisso tudo.
O que esperar da vida se não aquilo que
podemos dar? A sorte é uma amiga que algumas vezes oferece seu abraço, mas tem
que estar na hora e no dia certo para recebê-lo e alguns ainda conseguem seu
beijo, a vida é um paralelo, é o braço do destino, interesses de paradoxos, é a
canção de Caetano “Eu sou neguinha”, dos Rolling Stones “Satisfaction”, de Cazuza
“Codinome Beija-flor”, de Renato Russo “Eu sou metal”, de Oswaldo Montenegro
“Voa Condor”, “Super-Homem” de Gilberto Gil, “Gota d’água” de Chico, a Aquarela
de Toquinho, a vida é exatamente isso. A
vida são as teorias de Einstein, Newton, de Freud, Hegel, Sócrates, Platão,
Descartes, Marx, Heráclito, Parmênides, Tales de Mileto, Galileu, Aristóteles,
Tomás de Aquino, Agostinho, só que ainda, além disso. São as poesias de
Vinícius, os heterônimos de Fernando Pessoa, as cônicas de Fernão Lopes, as
poesias de Mario Quintana, os quartetos e tercetos de Camões, os versos de
Cora, as epifanias de Clarice Lispector, o Poema de Sete Faces de Drummond, é
exatamente isso. A vida é imutável, quem
muda são os viventes (aparente clichê), mas a vida sempre permanece, ai se faz
entender Quincas Borba, “ao vencedor as batatas”.
Em todo
momento amadurecemos, na medida em que experimentamos e o catalisador para o
amadurecimento é a dor, a pedagogia da alma é o sofrimento, a dor educa o coração,
em uma escala de 0 a 1000 a primeira noite de sexo amadurece 0,5 e uma noite ao
relento 500. Assim seguimos, em adversidades e circunstancias, são momentos que
nos compõem e todas elas se acumulam em corpo, alma e coração, são guardadas e
alimentam a engrenagem interna que movimenta os anseios, apegos, desafetos,
angustias, são combustíveis dos sentimentos, as circunstancias e adversidades (seja
de alegria ou tristeza).
E então? O que
esperar da vida? A vida não sorria porque não tinha dentes, o máximo que eu
podia comprar a ela eram dentaduras, então ela passou a expressar a ponta de um
sorriso, isso me fez crescer e aos poucos conseguir pagar implante dentário,
até que ela aprenda a gargalhar, embora outros caminham tentando pagar o
implante total de uma vez, mas quando podem fazer isso é a morte que vem
sorrir. O interessante é caminhar contando os passos, lembrar-se dos espinhos
que pisou, das pedras que escorregou e entender o quanto isso te fez crescer e
se aprimorar e se conscientizar de que se voltou a pisar em espinhos e escorregar
em pedras isso vai gerar maturidade, compreender que tudo coopera para o bem,
claro é preciso saber usar as ferramentas do conhecimento, mas as situações são
como pérolas, é um cisco que entra dentro da concha, esse cisco machuca, fere,
maltrata, quanto maior o cisco maior a dor, porém no final a concha morre e gera
uma pérola, quanto maior o cisco maior pérola, acontece conosco assim,
maltratados, feridos, até que a tristeza, a dor morre. Entender o curso da vida é complexo para
muitos, já que se apegam em suas crenças de religião, quando a conclusão está
em resposta simples: Tudo é consequência, a inercia acontece no empírico, no metafisico,
em tudo, não é carma, nem tudo que fizermos terá resultado, não é fórmula, nem
tudo que planejarmos vai acontecer, não é sempre sorte, acontece de termos azar
várias vezes, mas é a vida, vida que eu deve encarar não naquilo que contêm,
mas que comporta, não o é o que eu tenho que me molda, mas sim como é a minha
ação diante de tudo.
Neste
paragrafo distorço toda estrutura da ciência gramática deste texto para dizer (esclarecer
o porque) que vou parar por aqui, por que a vida sempre segue além, as palavras
se juntariam umas as outras construindo um nexo infindo, já que minhas ideias
estão fluindo como uma torrente violenta e meu desejo é desenrola-las uma a uma
e argumentar todas que aqui me faltaria espaço, portanto as poucas palavras que
já se juntaram são momentaneamente suficientes para causar profunda reflexão.
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