Quero apenas um feixe de luz, hoje vou
forçar minha criatividade, sei que tal coisa vil não se faz, mas o capitalismo
me cobra, desce esse Whisky na goela pra catalisar o intelecto, os
dedos correm pela maquina digitalizada que aponta cada erro ortográfico, mas
que não pode compreende o teor da mensagem, vou contar a história de uma menina
pura, uma garotinha de 10
anos, que usava vestido rodado, gostava mais de seu vestido branco com
morangos. A menina pegava gravetos na rua, andava descalça porque gostava de
sentir o toque do chão nos pés nus, uma ora ou outra se cortava com espinhos e
mesmo assim não vestia os pés, a garota levava os gravetos pra atira-los no
rio, fica alguns minutos sentada jogando seus gravetos, acreditava que os
peixes os pegariam então ela dizia: - quando estiverem grandes eu volto pra
buscar- então a menina pulava a ribanceira e saia correndo pelo
caminho entre a grama, tinha muitos amigos, mas sim, andava sozinha porque
assim lhe convinha, alguns dias parava pra brincar com a turma, mas gostava
mesmo de descobrir lugares, na maioria lugares que sua imaginação criava, como um
projetor holográfico mental dava um movimento fantasioso por
onde ela passava, também gostava de subir no pé de amora. A menina parecia um
anjo, tinha um jeito dose de amar e um absurdo desejo que querer voar, a menina
voltava pra casa quando o sol já beijava o lago e a linha do horizonte se
ascendia pra esperar a lua. A noite na cama a menina fitava os olhos na janela semiaberta
e sonhava em conhecer o mundo.
Pronto, uma pequeníssima história que não vá entediar
quem lê e suprir os desejos dos empreendedores que pagam as minhas
doses, mas é pouca poesia, os leitores delirantes vão se desanimar em ler os
próximos, melhor refazer a parte da turma - A
menina tinha um amigo (é mais
comum, as pessoas gostam dessas coisas), sempre
estavam juntos, moravam poucas quadras um do outro e todos os dias pela manhã o
garoto a acordava atirando uma pedrinha em sua janela, eles corriam pela rua a
fora até chegar à rua, onde arrancavam os sapatos e iam jogar gravetos no rio,
depois corriam para o pomar, uma caminha de 10 minutos que faziam em rizadas e
estripulias, usufruíam de todas as frutas, mas a garota preferia
amora. Os dois corriam o pomar espantando as aves, voltam sempre ao rio para
pular a ribanceira, pois tinha o absurdo desejo de poder voar. Ao findar do
dia, o garoto deixava a menina na porta de casa, ela lhe beijava o rosto e ele
ia sorridente e veloz para casa enquanto ela entrava. À noite a garota sentava
sobre a cama, fitava os olhos na janela aberta e sonhava em conhecer o mundo. Acredito que assim agrade mais,
não sei se devo receber algum crédito ou atribuir tudo caro Whisky.
Mas ainda algo incomoda, com que desafeto assim me dobro
e sujeito minha poesia, pode ser vendida, mas não orientada por desejos que não
venham do amor, desejos de suprir mercado, não! Esse pecado não recairá nos
meus ombros. Quero a poesia solta em versos livres, quero a dança da Arte e do
Belo dentro de mim e este Whisky me sirva apenas para apreço e não como fonte
de nada, assim vai ser
Uma menina de 10 anos
Andava descalça pelas ruas
Juntava todos os gravetos que via
Era uma menina lúdica
Levava pra jogar no rio
Acreditava que os peixes viriam buscar
Dizia que quando estivessem grandes voltaria a visitar
Não é preciso ter sentido o que se passa na cabeça de uma
menina
Mas é preciso entender que ali há a essência de
mulher
A menina do vestido branco e morangos vermelhos
A menina parecia um anjo
O doce jeito de amar
Pele clara, olhos escuros, cabelos ao vento
A menina do desejo absurdo de poder voar
Não é preciso ter sentido o que se passa na cabeça de uma
menina
Mas é preciso entender que ali há a essência de
mulher
A menina que sofria quando via o mal, que via o mundo com
beleza
A menina que sabe e que ensina a sonhar
Não machuque a menina que sabe sorrir, mas sabe chorar
Nunca a deixe sozinha, cuide o quanto precisar
Não magoe a menina que lembra, mas que sabe perdoar
Pois essa menina sempre alguém vai encontrar
Não é preciso ter sentido o que se passa na cabeça de uma
menina
Mas é preciso entender que ali há a essência de
mulher
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