Pular para o conteúdo principal

Agrura


Confidências de traição
Sussurros na escuridão
E lágrima solitária caía

O começo de sua maldição
Lembranças de uma ilusão
Enquanto ali sentado ele apenas via
A vida passar

Sentimentos de confusão
Lhe perturbam o coração
E a alma tão escondida vazia

A alegria em morbidão
Fragmentos de uma paixão
Enquanto ali bebendo ele apenas via
A vida passar

Seu algoz eram suas mãos
Só errava em cada decisão
As lembranças só lhe causavam grande agonia

Seu tormento em profusão
Derrotado em seu próprio chão
A esperança morta em seus braços
E ele nem sabia

Enquanto ali parado ele apenas via
A vida passar


O silêncio era um grito então
O seu corpo escória e prisão
Da alma moribunda que já nem sentia

Mergulhado em sua solidão
Pensamentos de aflição
Agonizando no peito
a alegria

Enquanto ali chorando ele apenas via
A vida passar

Palavras não curavam
A dor que ele sentia
A morte lhe tentava 
Mas o orgulho lhe impedia
Então quis rezar
E acreditar
Que Deus ouviria


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

No Caminho de Emaús

No caminho de Emaús,  Esperança posta no chão,  vimos Cristo numa cruz,  ao terceiro dia não.. Foram tantos os milagres e palavras de amor acolhia a todo pecador, sua voz acalmava os mares e curava a nossa dor em carne o criador.... No caminho nos surgiu, um estranho viajor sem saber se nos ouviu perguntou... qual tristeza, qual a lacrima, qual dor... com os olhos razos dagua, coracao se apertou a fé ja não vale nada, mataram cristo senhor, num madeiro nosso sonho terminou... QU

Oro

Nem sempre me ajoelho, aliás, quase nunca... Minha reverência é  interna e fora do corpo, pois sempre minha alma está próstata. Meu coração é inquieto e meus pensamentos agitados, tenho ansiedade nas veias e o movimento me ajuda a colocar ordem na confusão e assim minha oração se faz sincera. Não tem hora, nem lugar, não importa o clima, o barulho, o ambiente, a roupa, o sapato, o movimento... é continua, fluída, direta, espontânea, natural. Minha oração é minha. Nem sempre para mim, nem sempre para os meus, mas sempre minha. É terra sagrada, onde ninguém pode ir, entro de pés descalços, sem armaduras, de cara limpa e alma nua. É meu exercício de sanidade, de lucidez. Não oro porque o Eterno queira ou precise, não oro para ter a proteção dos anjos. Oro porque preciso me ouvir falar com o Eterno. Oro porque preciso me ouvir confessar, oro porque preciso ME ouvir, mesmo quando não com palavras, mesmo quando a oração são lágrimas, ou silencio, um pensamento curto ou longas hor...

Minha menina

Por traz desta nuvem cheia de raios Existe um olhar Cheio de lágrimas Sorriso maduro, um céu de veludo O sol se põe a descansar E minha menina vem dançar Na chuva Vai que o mundo é Teu Gira sem se preocupar As águas que caem Lhe molham o rosto E levam as lágrimas Por traz dessa esfera Menina tão bela Existe um coração a palpitar Se lança no escuro, não se sabe o rumo Tem medo, precisa se arriscar Minha menina Sozinha Vai que teu segredo é meu Vai que eu fico a te esperar As águas que caem Levam teus passos Mas não levam o meu olhar Os passos são dela A vida que espera Minha menina vai buscar Não olha o passado, não vê nada errado Há dores que tem que carregar Minha menina Partiu Vai que teu sorriso é meu Vai te espero se voltar As águas que caem Molham teu corpo Levam minhas lágrimas.