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eu sou-Rio




Nas metáforas da vida a que me cabe é ser um rio,
sendo eu este rio caudaloso,
as vezes turvo, as vezes insipido,
cristalino como a pura alma de uma criança ou como alva neve que cobre os montes Chilenos
Um rio que as vezes se suja, se mancha com todo esse barro que chamamos de pecado, mas mesmo que a superfície indique doença é apenas um estado de transtorno, pois em meu profundo continua a bela essência.
Rio que transborda quando alimentado por águas filtradas pelo céu, momento em que minha força invade outros pessoas, onde minha alegria racional é confundida com euforia descontrolada, mas que com o tempo da seca se torna triste e escasso, isso é quando tenho saudade.
Rio cuja as margens portam frondosas árvores, que são pessoas que se achegam pra aprender,  quais são bem alimentadas para que possam traduzir todo alimento em frutos.
Sendo eu, sendo rio, sigo,
pois o que não muda deixa de existir
 e não é estático este
e nem estático sou,
o fluir das emoções surgem assim como surgem as águas do rio, pois fluir é exatamente como deve ser a jornada de todo ser, a vida e a natureza são encarregadas de suprir em corpo e emoções à tudo, fluidificar é a expressão da caminhada, é o trajeto.
Um percurso que por vezes tento diminuir os passos para aproveitar o instante de beleza das paisagens bucólicas que encontro na vida, percurso que as vezes tento acelerar por entrar em cavernas negreiras ausentes de luz e vida, mas sempre deixando fluir, pois mesmo fluindo a velocidade pode se alterar.
Um rio que desde de sua virgem nascente até os meios mais contaminados com aquilo juntado ao longo da vida que com a ajuda dos ventos, do tempo, dos peixes procura se limpar, e consegue/consigo, para desaguar.
Então amadureço e o rio cresce
e chega a hora do rio mergulhar no mar, do rio tomar banho
do rio entrar em outras águas e nadar dentro de outros rios e dentro de si (identifique as metáforas de mim (ou de si))
O rio não questiona se o mar merece suas águas, mas deságua o melhor que tem pois é o rio que precisa se esvaziar de si para que as novas águas limpas e puras possam correr em seu leito.


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